A Fórmula 1 está considerando seriamente a inclusão de um Grande Prêmio na África em seu calendário. Essa estratégia visa ampliar a presença da categoria em mercados emergentes e consolidar sua posição como uma categoria verdadeiramente global.
No entanto, será que essa aventura seria vantajosa financeiramente?
Apesar dos obstáculos a serem superados, como a necessidade de construir ou adaptar circuitos, garantir infraestrutura adequada e estabelecer parcerias com governos locais, acredito que se trata de um investimento de retorno certo.
A combinação entre crescimento de audiência, oportunidades novas de patrocínio e impacto econômico local sugere que a adição de uma etapa africana no calendário suplantaria as “dores de cabeça” iniciais, pelos menos nas primeiras temporadas.
A previsão que faço é pelo menos para os dois primeiros anos. Afinal de contas, seria um exercício completamente hipotético conjecturar os desafios dos anos seguintes.
As estimativas indicam que um Grande Prêmio na África poderia gerar aproximadamente US$ 50 milhões em receita direta, incluindo direitos de transmissão, vendas de ingressos e patrocínios, conforme análise da Forbes. A iniciativa iria ativar uma classe média crescente no continente, que está em busca de eventos esportivos de peso na região.
Além disso, a presença da categoria movimentaria de forma significativa a economia local, gerando oportunidades e uma nova comunidade envolvida com o esporte a motor.
Como exemplo disso, em 2022, o GP de Singapura movimentou cerca de US$ 150 milhões, segundo dados do governo do país, demonstrando o potencial de impacto econômico da presença da F1.
Dentre os possíveis destinos da categoria no continente africano estão África do Sul, que possui longa história com a competição, Ruanda e o Marrocos, que é apontado como o território mais favorável para as exigências relacionadas à logística da organização. Ao meu ver, o Marrocos não lidera essa disputa apenas pela localização, mas também pelo baita projeto ambicioso de US$ 1,2 bilhão.
Em suma, podemos concluir que a África representa um mercado com grande potencial tanto para alavancar o marketing da F1, adicionando o último continente habitado que faltava no calendário da categoria, assim como para ampliar o leque das oportunidades comerciais.
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